sexta-feira, 20 de junho de 2008
Fogo no céu - O caso Travis Walton
Estamos numa quarta-feira, dia 5 de Novembro de 1975, na Apache-Sitgraves National Forest perto de Snowflake, Arizona. Um grupo de trabalhadores de uma empresa de lenhação regressa a casa depois de um dia de trabalho na floresta, mais ou menos uma hora depois do pôr do sol. Os homens deslocam-se todos numa velha "pickup" na qual transportam o seu material de trabalho.
Subitamente, a sua atenção é desviada para um estranha luz que está no meio das árvores do lado direito do veículo. Travis Walton, um dos ocupantes da carrinha, inicialmente ainda pensa que se trata dos reflexos dos faróis de uma viatura ou mesmo as luzes de uma fogueira de um grupo de caçadores, mas depressa o grupo se apercebe que mais parecem as dos destroços de um avião nas árvores. A viatura aproxima-se da misteriosa luz e, a certa altura, vendo que não se trata de nenhuma das hipóteses postas pelos homens, o condutor para. Saindo da carrinha, os trabalhadores observam um objecto metálico luminoso em forma de disco, pairando por cima de umas árvores, iluminando a zona com um tom dourado. Observando melhor, Travis nota que se assemelha a dois pratos colados face a face e que a sua estrutura não apresenta qualquer tipo de porta de entrada, janelas ou antenas.
Dominado pela curiosidade e com medo de deixar escapar a oportunidade de observar mais de perto o objecto, Walton começa a correr na sua direcção, enquanto os seus companheiros berram para ele voltar. Momentos depois, já se encontra no círculo de luz no chão, provocado pela luminosidade que emana da nave, onde se apercebe de estranhos ruídos mecânicos provenientes do objecto. Os trabalhadores, ao pé da pickup, continuam a chamá-lo, mas Travis é surpreendido pela actividade nave, que começa rodopiar no seu eixo. Encolhe-se junto ao chão, e de repente um raio luminoso azul-esverdeado sai disparado do objecto, atingindo-o. Walton fica inconsciente, como se tivesse sido fortemente elctrocutado, e os seus comapanheiros observam algo espantoso: o seu corpo começa a levitar no ar em direcção da nave, caindo depois de novo no chão a uns metros ao lado. Os trabalhadores entram em pânico, fecham-se dentro do veículo e fogem do local a alta velocidade, evitando pelo caminho os imensos obstáculos que alí se encontram. A certa altura o condutor abranda, com medo que a pickup não aguente aquele autêntico rally nas árvores e, vendo que a nave não os persegue, acaba por parar. Os passageiros, chocados e assustados, começam a discutir desordenadamente o que acabaram de ver e o que vão fazer a seguir, até que a sua atenção é desviada pelos faróis de outra pickup a passar na estrada alí ao pé, fazendo com que o condutor comece a dar a volta ao veículo para ir buscar ajuda à estrada. Enquanto o faz, fica surpreendido quando vê ao longe de novo o objecto luminoso a afastar-se a alta velocidade para Nordeste. Os homens voltam então ao local onde deixaram Walton, local esse que agora se encontra muito mais calmo do que há uns momento atrás.walton3.gif (35868 bytes) Ainda receosos, saiem do veículo em grupo, acabando por se separar para passar a pente fino a área, chamando por Travis. Não encontram nada, voltam para dentro da carrinha e iniciam a viagem de volta à estrada.
Nos dias seguintes, é enorme a pressão que o grupo de trabalhadores sofre por parte das autoridades, que acham pouco credível a história contada, pondo mesmo a hipótese destes terem assassinado Walton, o que se torna realmente constrangedor para um dos membros do grupo: Duane Walton, o irmão do desaparecido. Para tirar as dúvidas, as testemunhas são postas à prova no teste do detector de mentiras, no qual passam todos.
Cinco dias depois acontece algo de inesperado. Grant, o cunhado de Walton, recebe uma chamada, por volta da meia noite, de alguém que parece estar num estado de grande agitação... é Travis. Passando por casa de Duane, Grant vai até à estação de Heber Exxon onde encontram o desaparecido, sentado numa cabine telefónica. Quando o metem na carrinha para voltar para casa, Travis não pára de dizer que foi horrível o que lhe aconteceu, que os olhos "deles" são horríveis, deixando os seus companheiros perplexos. Durante a viagem, Walton apercebe-se que tem a barba invulgarmente grande. Só aí é que se apercebe que teve 5 dias desparecido, pensando ele que o tempo em que esteve ausente foi muito menor. Já em casa, conta a sua história...
Voltemos aos momentos seguintes ao que Travis foi atingido pelo raio azul-esverdeado, tendo perdido os sentidos. Quando volta a si, está cheio de dores por todo o corpo, num enorme mal-estar físico. Nos primeiros instantes não se atreve a abrir os olhos tal é a dor. Depois, abre-os e vai começando distinguir as primeiras formas. Começa por reparar que está deitado sobre uma mesa e vê um rectângulo no tecto do qual sai uma luz difusa que ilumina a sala. Pensando que está num hospital e ainda com a visão debilitada, ele sente uma pressão no abdómen e apercebe-se que 3 figuras, provavelmente médicos, vestidos de vermelho, lhe põem um estranho aparelho metálico na barriga. Nesta altura, Travis começa a achar estranho ainda estar vestido com as suas roupas e a cor dos fatos dos médicos que o examinam, quando recupera a sua visão abruptamente. Olha então melhor para o que está a acontecer e fica chocado: não são médicos que o observam, mas sim pequenas criaturas com olhos escuros enormes. As suas cabeças são desproporcionais em relação ao corpo e não apresentam cabelos nem nariz ou orelhas salientes. Assemelhando-se a pequenas crianças, a única coisa que têm que não parece pouco desenvolvida são unicamente os enormes olhos, muito maiores que os de qualquer ser humano. Os seus fatos são constituídos por uma peça única, sem cintos nem qualquer tipo de adereços. Ficando assustado, Walton levanta-se rapidamente da mesa empurrando uma das criaturas contra outra, deixando o aparelho que tava na sua barriga cair para o chão. No entanto, Travis ainda está muito enfraquecido e não se consegue aguentar nas pernas, apoiando-se na mesa. Ao ver que as criaturas aproximam-se tentando-o agarrar, tenta então vencer a sua fraqueza, pondo-se de pé e agarrando num tubo transparente de cima da mesa. Gritando para as criaturas se afastarem, estas param, deixando Walton encurralado entre elas e a parede. Durante todo este tempo, nenhuma das criaturas fez qualquer ruido, sem nunca ter mexido a sua boca. Observando o estado de Travis, os estranhos seres viram-se para a porta e saiem rapidamente em direcção a um corredor á direita. Walton está nervoso, com o coração aos pulos, apoia-se na bancada e observa os estranhos objectos que alí se encontram à procura de algo melhor para se defender caso as criaturas voltem. Vendo que nada acontece, decide também ele sair pela porta em direcção ao corredor, onde não se vê ninguém. Começa então a correr assustado pelo estreito e comprido corredor, passando por uma porta à esquerda que dá para o que parece ser uma sala. No entanto ele não se atreve a olhar lá para dentro, tal é o medo. Mais à frente, outra porta, desta vez á direita. Walton abranda então o passo, na esperança de encontrar alí uma saída. Espreitando lá para dentro, vê uma sala rendonda com 3 rectângulos nas paredes, assemelhando-se a 3 portas fechadas. No centro da sala está uma cadeira voltada de costas para a entrada. Travis decide entrar devagar, receando que alguém esteja sentado na cadeira. Vendo que está desocupada, aproxima-se, observando um estranho fenómeno: à medida que está mais próximo da cadeira, as paredes da sala vão escurecendo notando-se pontos brilhantes, como estrelas. Quando já está na cadeira, é como se a imagem das paredes da sala fosse a do céu nocturno. No braço esquerdo dawalton5.gif (60372 bytes) cadeira está uma pequena alavanca e no direito um ecrã luminoso com linhas que se intersectam, com filas de botões coloridos em baixo. Pondo em hipótese um daqueles botões abrir alguma porta, Walton começa a carregar neles, sendo a única reacção uma alteração dos ângulos e da posição das linhas que surgem no ecrã luminoso. Decide então sentar-se na cadeira, obviamente feita para alguém com um corpo mais pequeno que o seu. Pegando na alavanca à direita e pressionando-a para a frente, vê as estrelas todas a moverem-se rapidamente para baixo, como se Walton estivesse a conduzir o engenho voador onde se encontra. Surpreendido, larga logo a alavanca e as estrelas param o seu movimento. Voltando para a extremidade da sala, as paredes voltam a ficar como estavam ao princípio e ele tenta encontrar algo que abra uma das 3 portas na parede, sem sucesso. Volta à cadeira e novamente escurecem as paredes. De repente, Travis fica surpreendido pelo que vê na porta de acesso: outro ser humano! O homem que alí está à frente dele é musculado e veste um fato azul com uma única peça e um grande capacete transparente. Travis corre até ele a fazer perguntas atrás de perguntas mas o homem mantem-se calado. Depois, agarra Walton pelo braço e leva-o para o corredor até uma porta fechada que se abre assim que ele se aproxima. Entram numa pequena sala na qual ficam durante cerca de 2 minutos. Depois outra abre-se e Travis sente um ar quase primaveral, que o acalma, e uma luz que parece a do sol a entrar pela porta. Descendo uma rampa, os dois saiem do aparelho, que Walton vê agora ser maior que aquele que ele e os seus companheiro encontraram na floresta, estando agora numa enorme sala, tipo hangar, onde outros aparelhos diferentes estão estacionados. As naves são ovais e cromadas, com um brilho tão puro que quando se olha para elas parece que se está a olhar para um espelho encurvado. A sala assemelha-se a um cilindro deitado em que o tecto é constituído por enormes painéis rectangulares luminosos, dos quais é emitida a tal luz quase igual à luz solar. O homem leva Travis até uma porta num dos lados da sala e entram num corredor onde se distribuem portas duplas pelas paredes. No fim deste, outro par destas portas abre-se assim que os dois se aproximam, entrando agora numa sala branca com uma mesa e uma cadeira. Mas a atenção do visitante é atrída imediatemente por 3 outros humanos que alí se encontram, 2 homens e uma mulher, à volta da mesa. Todos eles se vestem como o primeiro, exceptuando a ausência de capacete, sendo todos também bem constituídos. Todos têm peles perfeitas, sem qualquer tipo de cicatrizes ou rugas. Walton começa a perguntar novamente o que é aquilo tudo, o que se passa, sem resposta. Um dos homens e a mulher agarram-no pelos braços e conduzem-no para cima da mesa onde é deitado. Depois, a mulher pega num dispositivo semelhante a uma máscara transparente usada em hospitais, com uma pequena bola escura no centro. Antes que Travis consiga impedi-la, ela aplica a máscara na sua cara e ele sente-se de novo a enfraquecer, perdendo novamente os sentidos.
Quando volta a si, Walton já está de novo na estrada de Heber, no Arizona, deitado de barriga para baixo. É de noite e, quando se levanta, vê por cima dele um objecto oval luminoso a afastar-se a grande velocidade. Momentos depois, após uma grande caminhada, chega a uma cabine telefónica na qual telefona para casa da irmã.
A história de Travis Walton mereceu uma grande atenção por parte do media, tendo ele escrito um livro onde relata estes acontecimentos que marcaram a sua vida, livro este que mais tarde iria originar um filme chamado "Fire in the Sky". Devido ao facto de tanto Walton como os seus companheiros terem explorado financeiramente esta história e ao facto de o trabalho em que estes estavam envolvidos estar atrasado na altura em que se deu o incidente, o que acabou por salvar o grupo de um prejuízo caso não tivessem completado os seus deveres a tempo, mereceu grandes críticas por parte de muitos investigadores em todo o mundo, diminuindo a credibilidade desta história. No entanto, até hoje as afirmações de qualquer membro do grupo nunca se alteraram e, caso tivesse sido uma fraude, qualquer um deles já o poderia ter afirmado publicamente, o que seria proveituoso em termos de compensação monetária, o que não aconteceu. Travis Walton também se submeteu ao teste do polígrafo, tendo o especialista encarregado da tarefa chegado à conclusão que tudo o que ele contou é a realidade como ele a viu, não tendo mentido uma única vez. Por fim, também é pouco provável que um grupo de trabalhadores se desse ao trabalho para inventar uma história tão complexa e surreal, para evitarem um prejuízo proveniente de um atraso na sua missão. Este é mais um dos "clássicos" das histórias que envolvem o fenómeno OVNI...
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